sábado, 11 de outubro de 2014

Fabricando o QVL

Olá com dito no post anterior, ensinaremos como fazer um QVL.

Materiais:

  • Caixa de Papelão;
  • Papel Sulfite;
  • Tesoura;
  • Cola;
  • Papel Contact.
Modo de Fazer:
Pegue a caixa de papelão recorte ela de um lado, para que fique aberto, recorte também as abas do papelão e reserve, pois você ira utilizar. Pegue a cola passe de um lado do papelão e cole o papel sulfite da cor que você desejar e opara conservar passe por cima o papel contact.
Agora utilize o papel sulfite restante para fazer as casinhas do seu QVL, para fazer os números utilizaremos a aba que foi cortada anteriormente e estava reservada,





você pode utilizar os papéis sulfites para encapar ou outro material do seu gosto.
Pronto o seu QVL já pode ser usado.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Falando um pouco sobre o QVL

Quando começamos esse semestre sabendo que teríamos a disciplina de matemática, nunca imaginávamos que teríamos ainda algo a aprender, normalmente relembraríamos o que nos foi ensinado durante a nossa vida escolar. Porém a matemática reserva sempre novas surpresas, foi nos apresentado o QVL (Quadro Valor de Lugar) e conhecemos e aprendemos uma nova forma de ensinar.
O QVL pode ser feito de diversos materiais como o EVA, Material Reciclável, Papelão e outros materiais.
No próximo post ensinaremos como fazer um QVL utilizando materiais recicláveis.
Afinal o que é QVL?

É um instrumento de aprendizagem em matemática, geralmente usado nos anos inicias do ensino fundamental. Auxilia na introdução dos conceitos de unidade, dezenas e centenas e no processo de contagem, formação dos números e operações matemáticas. 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Como confeccionar um Ábaco

Após aprender um pouco sobre o Ábaco, resolvi postar um vídeo ensinando como fazer e o mais interessante de material reciclado ou de sucata, como o próprio vídeo fala.
Aproveite e ensine aos seus alunos, mãos a obra professor.

A história do Ábaco

O Ábaco, primeira máquina de calcular da humanidade, foi inventado pelos chineses  conhecendo-se também versões japonêsas, russas e aztecas.
Ábaco Chinês - O registo mais antigo que se conhece é um esboço presente num livro da dinastia Yuan (século XIV). O seu nome em Mandarim é "Suan Pan" que significa "prato de cálculo". O ábaco chinês tem 2 contas em cada vareta de cima e 5 nas varetas de baixo razão pela qual este tipo de ábaco é referido como  ábaco 2/5. O ábaco 2/5 sobreviveu sem qualquer alteração até 1850, altura em que aparece o  ábaco do tipo 1/5,  mais fácil e rápido.Os modelos 1/5 são raros hoje em dia, e os 2/5 são raros fora da China excepto nas suas comunidades espalhadas pelo mundo. 
 Ábaco Japonês - Por volta de 1600 D.C., os japoneses adoptaram uma evolução do ábaco chinês 1/5 e chamado de Soroban. O ábaco do tipo 1/4, o preferido e ainda hoje fabricado no Japão, surgiu por volta de 1930.  Uma vez que os japoneses utilizam o sistema decimal optaram por adaptar o ábaco 1/5 para o ábaco 1/4, desta forma é possível obter valores entre 0 e 9 (10 valores possíveis) em cada coluna.
Ábaco Azteca - de acordo com investigações recentes, ó ábaco Azteca(Nepohualtzitzin), terá surgido entre 900-1000 D.C.   As contas eram feitas de grãos milho atravessados por cordéis montados numa armação de madeira. Este ábaco é composto por 7 linhas e 13 colunas.Os números 7 e 13 são números muito importantes na civilização asteca.
O número 7 é sagrado, o número 13 corresponde  à contagem do tempo em períodos de 13 dias.
Figura 1 - Ábaco asteca (com o valor 0 representado)
Ábaco Russo - O ábaco russo, inventado no século XVII, e ainda hojeem uso, é chamado de Schoty. Este ábaco opera de forma ligeiramente diferente dos ábacos orientais. As contas movem-se da esquerda para a direita e o seu desenho é baseado na fisionomia das mãos humanas. Colocam-se ambas as mãos sobre o ábaco, as contas brancas correspondem aos polegares das mãos (os polegares devem estar sobre estas contas) e as restantes contas movem-se com 4 ou 2 dedos. O valor das colunas está representado na Figura 2. e a linha mais baixa representa as unidades a seguinte as dezenas e assim sucessivamente. A forma de fazer operações matemáticas é semelhante ao do ábaco chinês.
Por exemplo, para se obter o valor 5874, deve-se mover para a esquerda cinco contas da oitava linha (obtém-se 5000), de seguida oito contas da sétima linha (já temos 5800), sete contas da sexta linha (5870) e por fim move-se quatro contas da quinta linha para a esquerda, obtendo-se o valor 5874. (Caso tenha mais duvidas consulte a secção Funcionamento)
 Figura 2 - Schoty, o ábaco Russo (com o valor 0 representado)
Em 1958, Lee Kai-chen inventou um novo tipo de ábaco com 4 secções. Basicamente o ábaco consiste na junção de 2 ábacos diferentes: no topo está um ábaco pequeno do tipo 1/4 (sorobon) e em baixo está um ábaco 2/5 (suan-pan).O autor afirma que este ábaco torna  a multiplicação e a divisão mais fácil e torna possível a realização de raízes quadradas e cúbicas.

Minha visão da Matemática

A maioria das pessoas tem muita dificuldade com a matemática, acham que ela é um monstro ou como dizem um bicho de sete cabeças.
Eu era uma delas mas mudei a minha opinião, matemática não é difícil de aprender basta apenas ter um bom professor que ensine, hoje no 6º semestre de Pedagogia estou revendo a disciplina de matemática, mas de uma forma totalmente diferente do que aprendi.
Compreendi que o Ábaco não é difícil de usar e se você ensinar para o seu aluno irá ajuda-lo e muito durante todo o seu caminhar na educação e fora dela também. A nossa professora nos mostrou outra forma de aprender a unidade, dezena e centena, que eu nunca tinha visto e é tão fácil de fazer como de ensinar, que é o QVL (Quadro de Valor e Lugar).
Ah! Se eu tivesse visto tudo  isso antes, provavelmente ajudaria e muito o meu aprendizado de matemática, estou gostando cada vez mais dessa disciplina compreendi que você pode ensina-lá de diversas formas, mostrar para o seu aluno que pode sim aprender brincando a matemática, e não somente aquele jeito metódico de quadro, giz e livro.
Depende de você como Pedagogo querer ser apenas mais um professor de matemática ou ser um Educador dessa disciplina tão complexa mas de muito valia para todos.

Atividades de Matemática

Pesquisando conteúdo para  postarmos em nosso blog, encontramos diversos blogs interessantes com diversas atividades.
 Atividades de matemática para Educação Infantil atividades+com+numerais+para+EI+%252827%2529 Atividades de matemática para Educação Infantil atividades+com+numerais+para+EI+%252832%2529 Atividades de matemática para Educação Infantil atividades+com+numerais+para+EI+%252857%2529 Atividades de matemática para Educação Infantil atividades+com+numerais+para+EI+%252853%2529 Atividades de matemática para Educação Infantil http://atividadespedagogicas.com/2014/03/atividades-de-matematica-para-educacao-infantil.html

domingo, 5 de outubro de 2014

Contexto e contextualização nos processos de ensino e aprendizagem da Matemática

Lendo essa reportagem na revista Nova Escola, que fala sobre a contextualização da Matemática, achei importante e por esse motivo resolvi compartilhar.

Artigo | Saddo Ag Almouloud


Contexto e contextualização no ensino da Matemática são dois temas presentes em discussões nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1998 e 2010) e nas diretrizes curriculares. No entanto, esses conceitos têm sido objeto de polêmicas e equívocos na problematização de situações que têm significado para os estudantes. Muitas vezes, alguns autores de livros didáticos e professores propõem situações de ensino que envolvem somente o cotidiano e aspectos utilitários. Isso torna pobre a ideia de contexto e de contextualização e pode até conduzir ao enfraquecimento dos processos de ensino e de aprendizagem de conceitos matemáticos.

Nossa concepção, apoiada em Brousseau (1997, apud ALMOULOUD, 2007), é a de que o aluno aprende se adaptando a um meio que é fator de dificuldades, contradições e desequilíbrios. O saber, fruto do processo de construção pelo estudante, manifesta-se pela capacidade dele de resolver os problemas que surgem.

Para que haja intencionalidade didática, o professor tem de criar e organizar um meio no qual serão desenvolvidas situações que têm o potencial de provocar essas aprendizagens. O meio e as situações precisam engajar fortemente os saberes matemáticos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.

Construir o conhecimento com desafios

O que entendemos por saber Matemática, ensinar Matemática e aprender Matemática? Para responder, apoio-me em Régine Douady (1994). Segundo a autora, saber Matemática é ter disponíveis algumas noções e teoremas matemáticos para resolver problemas e interpretar questões novas. De acordo com isso, as noções e teoremas matemáticos têm o status de ferramentas. As ferramentas, por sua vez, são inscritas em um contexto, sob a ação e o controle do professor em um dado momento. As situações ou problemas em que evoluem as noções matemáticas devem ser geradores de significados para essas noções do ponto de vista semântico.

Saber Matemática é também identificar noções e teoremas como elementos de um corpus cientificamente e socialmente reconhecido. É ainda formular definições, enunciados de teoremas desse corpus e demonstrá-los. De acordo com Douady (1994), as noções e os teoremas matemáticos têm status de objeto. Eles são descontextualizados, despersonalizados e atemporais. Os trabalhos de descontextualização e de despersonalização fazem parte da capitalização do saber. Os de recontextualização e o tratamento de problemas, oriundos dessas recontextualizações, permitem ampliar o significado desse saber.

As noções e os teoremas podem ser trabalhados, modificados de acordo com o tipo de situações nas quais são solicitados e levar à construção de novas noções que necessitam de novas interpretações, modificações e generalizações. Para os teoremas, é possível explorar o domínio de validade: imaginar novas formulações ou pontos de vista e demonstrá-las ou achar contraexemplos.

Ensinar Matemática, por um professor, é criar as condições favoráveis à produção de conhecimento pelos estudantes.

Apreender Matemática, por um aluno, é se envolver em uma atividade intelectual cuja consequência é a disponibilidade de um saber com seu duplo status de ferramenta e objeto.

Para que realmente haja ensino e aprendizagem, é necessário que o saber seja um objeto importante e essencial para as interações entre o educador e a classe, e que esse saber seja uma aposta importante para a escola.

As situações (apoiadas em um contexto matemático ou de uma certa realidade que tem sido vivenciada ou não pelo aluno) que têm significado devem ter as seguintes características:
  • Possuir dados facilmente entendidos pelos estudantes, que poderão se engajar na resolução usando seus conhecimentos.
  • Envolver o saber matemático que efetivamente se deseja ensinar.
  • Não serem possíveis de ser resolvidas de maneira imediata com os conhecimentos antigos, pois eles se revelam insuficientes.
  • Envolver vários domínios de conhecimentos, como algébrico, geométrico e numérico.
As atividades devem ser concebidas considerando as recomendações dos PCN e das propostas curriculares e também os resultados de pesquisas sobre o tema em questão. As tarefas devem permitir aos alunos desenvolver certas competências e habilidades e precisam ter, essencialmente, dois objetivos claros:
  • Auxiliá-los na construção de conhecimentos (saber-fazer) e saberes (validação científica) de maneira construtiva e significativa.
  • Desenvolver certas habilidades. Por exemplo, saber ler, interpretar e utilizar as diferentes representações matemáticas, bem como desenvolver o raciocínio dedutivo.
As situações têm de ser concebidas para permitir aos alunos agir, se expressar, refletir e evoluir por iniciativa própria, adquirindo novos conhecimentos. O papel do professor nesse caso é o de mediador e orientador. As intervenções docentes devem ser feitas de modo a não prejudicar a participação do aluno no seu processo de aprendizagem. Assim, a aplicação de cada atividade deve levar em consideração duas condições: os estudantes precisam mobilizar os objetos de saber disponíveis como ferramenta explícita para resolver o problema, pelo menos parcialmente, e o educador tem de provocar um debate de confrontação dos resultados obtidos por eles. Nessa fase, diversas formas de saber vão aparecer. O objetivo é compartilhar e construir o saber da turma toda e promover o progresso na aquisição individual dos conhecimentos.

É importante que o educador, após o debate, selecione e organize as descobertas dos alunos e sistematize os novos conhecimentos matemáticos para promover a melhor compreensão deles. Além disso, ele precisa fazer a institucionalização dos novos conteúdos estudados. É imprescindível ter uma fase de familiarização na qual o professor propõe outras situações - cujo objetivo é consolidar os saberes adquiridos pela classe.

O estudante deve aprender por necessidade própria e não por necessidade aparente do professor ou da escola. Além do mais, pensar uma organização de ensino em várias etapas, valorizando a dialética ferramenta-objeto (DOUADY, 1993). Régine Douady (1993) distingue, para um conceito matemático, o polo ferramenta e o polo objeto. Um conceito é ferramenta quando está sendo usado na resolução de um problema. Por objeto, entendemos o objeto cultural reconhecido como fazendo parte dos saberes científicos validados socialmente.
Saddo Ag Almouloud. Foto: Victor Malta
Saddo Ag Almouloud Matemático malinês, coordenador do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Como organizar o ensino de Matemática

A dialética ferramenta-objeto é um processo cíclico que organiza os papéis respectivos do docente e dos alunos, durante o qual o conceito tem uma função ora de ferramenta para resolver problemas, ora de objeto, tomando lugar dentro da construção de um certo saber organizado.

Por meio da dialética ferramenta-objeto, Régine Douady propõe, então, uma organização de ensino em várias etapas, descrita a seguir (ALMOULOUD, 2007):
  • Antigo Como primeira condição para o problema, o enunciado deve ter um sentido para todos, que podem mobilizar os objetos conhecidos de saber, como ferramenta explícita, em um processo de resolução ou para resolver somente uma parte do problema. Nessa fase, os conceitos matemáticos deverão ser utilizados como ferramentas explícitas para resolver (mesmo que parcialmente) os problemas propostos.
  • Pesquisa-novo implícito Como segunda condição, os estudantes não podem resolver totalmente o problema proposto: o objeto de ensino é a ferramenta adequada para resolver a questão.
  • Explicitação-institucionalização local Visto que, nas situações de comunicação, os alunos apresentam várias formas de saber, o objetivo dessa fase é dar um estatuto de objeto aos conhecimentos que foram utilizados como ferramenta, como condição para a homogeneização e a constituição do saber da classe, além de situar o saber e promover o progresso.
  • Institucionalização-estatuto do objeto Entre os conhecimentos explicitados na fase anterior, o professor seleciona alguns deles para serem descontextualizados e que deverão ser retidos pelos estudantes, a fim de serem utilizados na resolução de outros problemas futuramente.
  • Familiarização-reutilização numa situação nova O docente propõe, nessa fase, que o conhecimento institucionalizado seja utilizado como ferramenta explícita. O novo objeto torna-se, então, conhecimento antigo para ser utilizado em um novo ciclo da dialética ferramenta-objeto.
  • Complexificação da tarefa ou novo problema Nessa fase, são propostas situações mais complexas, em que os alunos poderão testar e/ou desenvolver os novos conhecimentos adquiridos.
Nas três primeiras fases, o estudante tem a responsabilidade de construir conhecimentos, sendo o professor o mediador do processo. O saber em construção está sendo usado como ferramenta. O saber é contextualizado, personalizado, temporal. Na quarta fase, o educador traz para si a responsabilidade de socializar e institucionalizar o saber a ensinar. Esse saber, usado antes como ferramenta de forma implícita, torna-se objeto a ensinar. É descontextualizado, despersonalizado, atemporal e socializado. Na quinta e na sexta fases, o saber ensinado/aprendido é recontextualizado, repersonalizado em novas situações-problema.

É importante que o professor tenha claro o fato de o ensino ser submetido a vários fatores de difícil controle. Um dos pontos relevantes que ele deve considerar é a existência de um contexto favorável à construção do saber por parte do aluno.

O contexto tem várias facetas. São elas sociais, cognitivas, situações escolhidas e suas variáveis didáticas, as interações entre estudantes, as intervenções docentes que se referem ao contexto escolhido sem alterar o significado da situação e os conhecimentos prévios que poderão se constituir em obstáculos.

O educador não pode vendre la mèche, como dizem os franceses. Quer dizer, não deve entregar o ouro, o que não o impede de fornecer ideias que favoreçam o processo de aprendizagem da Matemática. Além disso, o docente não deve minimizar a importância do discurso. De um lado, o que os alunos conversam entre si e coletivamente, analisando a eficácia das estratégias propostas e formulando os limites dos conhecimentos postos à prova, assim como as características dos saberes a construir. Do outro lado, o discurso que é a fala do próprio professor, que pode apresentar propostas e desempenha um papel central no processo de institucionalização.
Referências bibliográficas
  • ALMOULOUD, S. Ag. Fundamentos da didática da Matemática. Curitiba: UFPR, 1997.
  • BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica II. Guia de livros didáticos, PNLD/2011. Brasília: MEC/SEF, 2010.
  • BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais - Matemática - 5ª a 8ª séries. Brasília: MEC/SEF, v. 3. 1998.
  • BROUSSEAU, G. La théorie des situations didactiques (Cours donné lors de l'attribution à Guy Brousseau du titre de docteur honoris causa de l'Université de Montréal). 1997. (Acessado em 8/9/2013).
  • DOUADY, R. Ingénierie didactique et évolution du rapport au savoir. Une chronique en calcul mental, un projet en algèbre à l'articulation collège-seconde. Repères IREM n° 15, avril 1994, Topiques Éditions.
  • DOUADY, R. L'ingénierie didactique: un moyen pour l'enseignant d'organiser les rapports entre l'enseignement et l'apprentissage. Cahier DIDIREM Université de Paris VII, 1993. v.191.


http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/contexto-contextualizacao-processos-ensino-aprendizagem-matematica-784403.shtml?page=0